segunda-feira, 29 de março de 2010

FELIZES SEPARADOS (MIRIAN LEITÃO E ÁLVARO GRIBEL - 27.03.2010

 Texto muito bom enviado pela nossa amiga Angela Barreto, lamento minha ausência, mas no momento achei coerente compartilhar este com meus leitores
Grande abraços

Tati Gomes


Enviado por Míriam Leitão e Alvaro Gribel – 27/03



O presidente Lula não gosta de nós. Que boa notícia! Perigoso seria se o presidente achasse que a imprensa brasileira faz exatamente o que ele quer e dá apenas a sua visão dos fatos. Imagine que monótono seria se todos os meios de comunicação se contentassem em registrar as avaliações do governo sobre suas próprias ações, se Lula jamais fosse criticado, se ninguém tivesse dúvidas.
Deve ser assim a imprensa chinesa, aquele país onde até um site de busca tem que ser censurado, porque nem os fatos passados, há 21 anos, podem ser contados como eles foram, como o massacre da Praça da Paz Celestial. Com uma imprensa assim sonha Hugo Chávez quando fecha TVs, persegue jornais, prende jornalistas, opositores e quer controlar a internet. Foi assim, absolutamente do gosto dos governantes, os tempos soviéticos do “Pravda” e da Agência Tass. Em Cuba, ainda é assim. Fidel Castro não tem reclamações do “Gramma”, e jornalista cubano que pensa diferente está na cadeia, fazendo greve de fome, ou se arriscando nas mídias sociais. Na Coreia do Norte, então, a imprensa deve ser considerada pelo governo como de muito boa fé porque nada diz de diferente. Aqui, os governos continuarão contrariados, felizmente. O principal candidato de oposição, José Serra, também faz críticas à imprensa. Que boa notícia.
Aqui, o governo Lula tentou duas vezes criar mecanismos de controle da imprensa, como agências e conselhos. Volta a tentar agora, mas a sociedade tem solenemente enfrentado qualquer tentativa em transformar seu desgosto com a imprensa em lei coercitiva.
O governo investiu muito em ampliar a imprensa oficial. Deveria ficar contente com ela porque a versão oficial dos fatos está tendo ampla divulgação. Por alguma razão isso não o satisfaz e quer esse mesmo enfoque nos órgãos de comunicação não governamentais...

terça-feira, 9 de março de 2010

Entrevista com Santanna O Cantador para a ClickRec

BAQUE-SOLTO::




Bote tempo com Santanna ninguém fica parado

Um cearense de Pernambuco ou um pernambucano do Ceará?

Tati Gomes

09.03.10



A característica mais marcante do cantor Santanna é a bandeira de Pernambuco, isto mesmo, Cearense, da cidade de Juazeiro do Norte, atualmente mora no estado de Pernambuco onde desenvolve sua carreira desde 1992.



Santanna é um símbolo do forró brasileiro, defende as raízes fincadas pelo "Rei do Baião", Luiz Gonzaga, seu amigo, em que foram formalmente apresentadosem 1984. O Cantador vem de uma família de artistas, daí a facilidade de adquirir uma forte ligação do que se pode chamar de influências de grandes nomes da nossa cultura regional: canto das lavadeiras, aboios de vaqueiros nordestinos, do canto das rezadeiras, cantos e tocadas de violeiros e a rima dos repentistas.



Santanna tem uma discografia de cinco CDs e um DVD, sob os seguintes títulos: Xote pé de Serra (2001); Forró Pé de Serra 10 Anos de Carreira (2002); Forró de Bem Querer (2004); Forró Popular Brasileiro (2006); CD - Forró A Arte do Abraço (2008) e o DVD Forró Popular Brasileiro - DVD (2006).





ENTREVISTA COM SANTANNA













Revista Click Rec: Como você define esta nordestinidade integrada, pois um cearense radicado em Pernambuco não esquece jamais suas raízes e sempre inova fundindo o que está na veia com a realidade cultural pernambucana?



Santanna: Eu sou da região do Cariri, no Ceará, que outrora pertenceu a Pernambuco (Comarca do São Francisco ou Grão Pernambuco). Por isso respiramos uma cultura e um sotaque bem próximos da pernambucanidade. Os estudantes da minha região sempre migravam para o Recife para cursar o hoje terceiro grau, embora Fortaleza seja mais próxima geograficamente.





Antes de assumir a música como profissão você foi bancário, inclusive trabalhou no extinto Bandepe, sabemos que você foi de alguma maneira responsável pela conta bancária do Rei do Baião, enquanto funcionário. Atualmente este fato é considerado importante para sua história de vida?



É importante sim. Eu acho que a partir daí nos tornamos amigos íntimos.





No seu álbum “Forró Pé de Serra 10 Anos de Carreira", na faixa “Homem Passarinho”, Keila Souza, sua filha faz uma participação especial. O que você tem a nos relatar sobre este verdadeiro presente que ela proporcionou não só a você enquanto pai, mas a todos os ouvintes que acompanham seu trabalho?



Foi um momento de rara emoção. Keila é a minha segunda filha e eu tive a oportunidade de tê-la comigo exercendo uma vocação em comum. Quanto aos ouvintes, já ouvi muitas opiniões favoráveis a interpretação de Keila, na música Homem Passarinho, de autoria de Leonardo Leite Pereira, meu conterrâneo.





Em algum momento, no início da carreira, as atividades de cantor interferiram no seu trabalho enquanto bancário?



Não me lembro se ocorreu tal fato.







Quando e porque surgiu a idéia de gravar o primeiro cd?



Foi um processo natural, posto que eu já havia gravado três LPs.



Sabe-se que a aceitação foi em larga escala, era esperado esse rápido retorno por parte do público?



Sempre que fazemos um trabalho musical tentamos alcançar uma larga aceitação, mas, o segredo do sucesso ainda é desconhecido para o ser humano.





O que você acha das intitulada bandas de forró que não apresentam nenhuma identidade cultural, desqualificando a mulher, incentivando a violência e desvalorização e estímulo aos vícios como o do alcoolismo?



Eu não posso opinar porque não conheço e também não escuto, nem vejo. Porém, se a proposta delas é a que a pergunta afirma, eu digo que a prostituição é a profissão mais antiga do mundo.





Qual a sua opinião sobre os chamados “Ponta de Rama do Forró” a juventude seguindo a cartilha do Gonzagão?



No programa "Forró e Ai!", da Rádio Folha FM, há um quadro intitulado Ponta de Rama, criado por mim, exatamente para prestigiar os novos valores da música nordestina. Quanto a seguir a cartilha do Rei é um sinal de inteligência.





Você concorda que um artista ao lançar um cd de início de carreira não precisa necessariamente de convidados especiais, pois ofusca o brilho do “iniciante", assim chamando a atenção do público apenas pelos convidados?



Não concordo. Eu acho que a vida é uma grande parceria.











Se pudesse definir o forró autêntico com apenas uma palavra como definiria?



Cultura.





Sua relação com os fãs é uma das melhores. Qual a importância do público para um artista?



É muito complicado para o artista sobreviver sem o público.



Santanna O cantador não existe só, embora sua carreira seja solo, a banda é muito importante. Como você encara esta relação constante entre a equipe?



Eu costumo tratar os membros da minha equipe como parceiros e com todo respeito.



Qual a mensagem que você deixa para os leitores da ClickREC, seus fãs e para os jovens que buscam ingressar na carreira de forró?



Façam uma grande parceria com Deus e sejam os atores principais de suas histórias e que também sejam como pássaros: consumam somente a quantidade de grãos que não os impeça de voar, ou seja, equilíbrio.









Santanna: Se tu quiser