segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Ariano Suassuna, sempre atual








Boa Tarde pessoas,

Venho aqui compartilhar uma nova experiência que estou vivendo no campo cultural. Atualmente sou bolsista do CNPq, no Projeto Casa Brasil, um projeto do Governo Federal em parceria com a Prefeitura do Recife. Este projeto tem como lema: Conhecimento e cidadania morando juntos. Nesta unidade, sou responsável pela sala de leitura, onde hoje, 03/12/2007 tive a oportunidade de dar início uma oficina literário-teatral, onde apresentaremos a peça de Ariano Suassuna, O Auto da Compadecida com as crianças da comunidade.
O objetivo deste trabalho não é o de apenas apresentar a peça, fazer com que as crianças envolvidas vivam personagens que por sua vez ficaram famosos através do cinema e da TV, mas sim apresentar às crianças o trabalho e a vida de Ariano Suassuna. Nas atividades descritas no plano de curso estão a de leitura sobre a biografia de Ariano Suassuna, apresentação da versão em filme, debates, reodas de leitura, e claro ensaios e a encenação da peça. E se possível, quando concluírmos este módulo, gostaríamos ( idéia de alunos) de convidar o autor para que seja realizada uma homenagem pela passagem dos seus 80 anos.
Neste espaço trabalho a interdisciplinaridade da minha formação acadêmica na área de Ciência da Informação ( Biblioteconomia) e Comunicação Social - Jornalismo, através da construção conjunta de textos com os alunos, produção e elaboração de blogs.
Por:Tatiana Gomes (03/12/2007)

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Cada um tem a Madonna que merece...

Michelle Melo, mais uma tentativa fracassada de ser a Madonna do Nordeste, mais precisamente de Pernambuco.


Joelma, péssima, uma cópia mal-feita da Madonna. Eis a Madonna Brasileira.

Madonna, ruim, tosca, mas ela mesma, autêntica...


Bom pessoas, pelo visto vocês perceberam que meu forte é fazer críticas às bandinhas de brega que se auto-intitulam sucesso e também àquelas que se dizem bandas de forró e na realidade não passam mesmo é de uma lambada brega.
Como disse uma vez minha professora de Teorias da Comunicação ( Shirlene Marques), do curso de Jornalismo da Faculdade Maurício de Nassau: Cada um tem a Madonna que merece...
Nos anos 80 Madonna explodia no mundo com suas músicas e coreografias e inclusive seu figurino de muito mal-gosto. parece que pelo visto as brasileiras em tentativas frustradas de imitar a popstar americana, criaram um estilo próprio de se madonnizar...
Vamos lá...
Fim dos anos 90, mais precisamente em Pernambuco explode uma banda de brega vinda do Pará fazer o maior sucesso na rerião Metropolitana do Recife, o que é isso? ISSO É CALYPSO, uma mistura de seilá o quê com nada e coisa nenhuma aliada aos gritos pausantes da vocalista Joelma e seu guitarrista Chimbinha (ele sabe ao menos manusear uma gutarra?)...
É uma coisa de uma complexidade tão grande que não sabemos ao certo de onde sai tanta criatividade junto com um enorme mal-gosto. Como se não bastasse a Calypso, surgem outras bandas e cantoras solo no mesmo estilo, todas querendo ser a Joelma que por sua vez é uma tentativa frustrada de ser a Madonna brasileira e pra completar tem a rainha das bizonhadas, a Michelle Mello, essa sim assusta demais. No estado de Pernabuco temos coisas estremamente terríveis que surge em cada esquina, não sei ainda como tem gente que se passa pra sair de casa para ver espetáculos exdrúxulos, comprar cd, dvd e se fazer tiete.
Vamos ser ruim... mas autêntico não acham...
chega de cópia do que há de mais bizarro no mundo...
isso dá é medo...
Mas afinal, essas alegorias capricham tanto no figurino deprimente e nas coreografias mais fora do normal, se é que se pode chamar aquilo de coreografia, que se esquecem que ocupam o cargo de cantoras, mas e o que elas cantam?
Vamos fazer uma análise em outra postagem...
Mas afinal, porque toda "cantora" de brega tem que ser loira? E tem umas que estão usando uma tintura que parece que fora comprada num mercadinho de bairro com prazo de validade vencida, que festival de mal gosto...

Por: Tatiana Gomes (30/11/2007)

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Cultura Inútil?




E o que podemos chamar de cultura inútil? Muitas pessoas falam em cultura, mas esta palavra vem seguida de alguns adjetivos, como: de massa, popular, e o que me intriga muito é o termo "cultura inútil". Se é cultura, subentendemos ter alguma utilidade na formação intelectual do indivíduo. Hoje, conversando com um adolescente no Nascedouro Cultura em peixinhos sobre cultura, percebi que em seus 14 anos ele tem um bom conteúdo, mesmo não estando num meio muito favorável.
Conversávamos sobre cultura em geral, mas o tema em si foi a nossa música. Este jovem falou que não agüenta ouvir seus pais e ver sua irmã de apenas 6 anos ouvindo, cantando e dançando o repertório do brega que está impregnado em nosso estado. O jovem também falou de sua revolta em ver que poucos valorizam música, leitura e atividades culturais de qualidade. "somos obrigados a conviver com esta cultura inútil", diz o adolescente.
Diante de uma simples conversa que durou apenas dez minutos ouvi o menino citar com um tom raivoso o nome de bandas que fazem sucesso com vocalists que se apresentam quase que semi-nua, com figurinos que lembram verdadeiras drag-queens e coreografias altamente sensuais. Ele diz, é dança do cabaré, do tempo de antigamente, essas coisas não se viam na rua.
Nossa sociedade pode até se apresentar bastante moderna, mas na realidade, diante de tal relato podemos abservar que de alguma maneira, as pessoas buscam manter os bons costumes e buscam o respeito. Ele comentou também o fato de ser criticado pelos colegas tanto da escola quanto da vizinhança pelo repúdio que tem das bandas de bregas e do seu sussesso explosivo.
Pois é, as bandas de brega, arroxa e afins... que procurem se amoldar ao novo público consumidor, pois nem todos engolem essa popularidade imposta por osmose. E o que mais nos deixa perplexos é a forma como ele fala que tem momentos que se envergonha de ser pernambucano por causa disso, mas ao mesmo tempo nos alegra, pois este busca conhecimento do que é cultura, nas mais vairadas formas, seja literatura, poesia, cordel e música, claro.
O jovem pediu para não ser identificado, mas quem sabe em outra oportunidade ele não vem mostrar a cara na Janela da Cultura com uma produção realmente cultural? Afinal, cultura é útil em todas as instâncias e se é inútil... esqueça não é cultura...
Tatiana Gomes (28/11/2007)

"PORNÔ SEX MUSIC"






Por: Filipe Franca, do blog

http://www.ptshot.com/Caboclo01/



Achei esse texto muito interessante, por isso aqui estou colocando, pois no mundo existem pessoas que pensam de forma parecida com a minha. Vale a pena conferir os textos dele.


PORNÔ SEX MUSIC" 20/10/2007

Pessoal, desculpem a longa ausência em postar textos.

Essa demora deveu-se ao fato de estar sem computador em casa.

Hoje vou falar sobre as letras das músicas das "bandas" de forró estilizado.

Para início de conversa, eu não considero isso banda de forró, são abortos musicais que servem apenas para tornar ainda mais o povo aculturado.

Se você for parar para analisar as letras dessas "bandas", a maioria denigre a imagem feminina.

É inaceitavel que letras de músicas como "TAPA NA CARA" de Saia Rodada, cujo refrão é: - ELA É SAFADA, MAS GOSTA DE APANHAR / E DIZ QUE É GOSTOSO NA HORA DE AMAR / APANHA PRA DORMIR APANHA PRA ACORDAR / APANHA TODO DIA, TODA HORA SEM PARAR / EU SEI O QUE FAZER PARA ELA NÃO BRIGAR / É TUDO DIFERENTE, O SEU REMÉDIO É APANHAR; ou ainda, "CANO DE FERRO" do "forrozão" Chacal, cujo refrão é: - VEM GOSTOSA, QUE É ISSO QUE EU QUERO / VAMO TE PEGAR DE JEITO E DÁ-LHE DE CANO DE FERRO / RELAXA / VOU DA-LHE DE CANO DE FERRO / AI! TÁ TÃO GOSTOSO, que além de denegrir a imagem feminina, ainda estimula a violência contra a mulher, sejam aceitas pela mídia e mais ainda, pelo ministério público.

O que me revolta mais ainda, é saber que "bandas" como essa são dispensadas de licitações públicas para tocarem em eventos de algumas cidades do interior, com o aval do Governo do Estado - com portaria publicada no D.O.E. - com a prerrogativa de serem "CONSAGRADAS" pela opinião pública e terem cd´s tocando nas rádios.

Infelizmente nossas autoridades não sabem, não querem saber ou fazem que não sabem, que para se tocar em nossas rádios, qualidade musical não é pré-requisito básico, basta se ter uma quantia de R$ 13.500,00 para se tocar em uma determinada rádio.

E o que é música?



























Texto de: Tati Gomes,
colaboração e correção de Filipe Franca

Texto apresentado na disciplina de Teorias da Comunicação
23/08/2007

E o que é música? Melodia, letra conteúdo, ritmo, animação,
entretenimento...
Diariamente fenômenos explodem de forma midiática encostados no capital da nação, pois as verdadeiras músicas não nos são ofertadas na maioria das
vezes, e a desculpa do comerciante musical é a de que ‘o povo gosta disso’,‘ isso vende mais’.Dificilmente é encontrada uma música que contenha letra com conteúdo, que realmente transmita uma mensagem de valor ao público ouvinte.
Um grande exemplo dessa aberração auditiva é o fenômeno da chamado Calypso,que se infiltrou no estado de Pernambuco.
Esta banda, oriunda do Pará, não tinha nenhuma aceitabilidade em sua terra natal, com uma incrível jogada de marketing vieram para Recife em meados de
2001, fazendo shows para um público da periferia da Região Metropolitana do Recife.Geralmente esses shows eram feitos nos finais de semanas a um
qualidade do que está sendo consumido - muitas vezes o ouvinte não tem nem ocusto de R$ 2,00 a R$ 3,00 o ingresso, atraindo assim a população de baixa renda. Motivados pelo ganho-fácil, a Banda Calypso coloca seus CDs no mercado também a baixo custo, num valor quase que padrão de R$ 10,00 e em seus shows custando apenas 5 reais.Muitos hão de falar, mas porque ser contra o brega que vemconquistando as mentes das pessoas? A resposta é simples e prática - a direito de optar se aquilo é realmente o que ele gostaria de estar ouvindo, pois a pressão do capital é muito grande fazendo com que esse tipo de música tenha espaço na mídia onde o cidadão comum, na maioria dos casos de pouca escolaridade, tenha acesso logo cedo ao ir para o trabalho dentro do ônibus, nas praças, nas ruas. E inconscientemente a mídia faz com que aquilo seja “natural” e esse público involuntário seja “coagido” a ouvir e comprar tais músicas que não apresentam conteúdo algum.
Há alguns anos um grupo musical oriundo de Salvador – BA teve um sucesso de explosão nacional, quem não lembra do Gera-Samba, que meses depois virou É o Tchan! Este grupo, assim como outros da mesma linhagemtraziam “músicas” que estourariam nas rádios de todo o país.Tanto o ritmo do tchan, como o da calypso, trazem músicas com um conteúdo pornográfico, que desvaloriza a imagem feminina perante a opiniãopública, despertando cada vez mais cedo a sexualidade nas crianças de uma forma que não contribui absolutamente em nada para a formação cultural do ser humano.A cultura deve ser trabalhada no indivíduo de forma que ele saiba valorizar o regional e o nacional. É bastante comum que uma pessoa do estado de Pernambuco não conheça artistas locais, a exemplo do Cordel do FogoEncantado, que depois de anos fazendo apresentações em diversos locais do estado, só ganhou visibilidade depois de ter gravado um DVD acústico pelaMTV (está um pouco confuso).Ps: O Cordel do fogo encantado, assim como outros artistas, faziam, e ainda fazem, mais sucesso fora do estado de Pernambuco do que dentro. Tudo isso, devido a aculturalidade dos produtores da televisão local.
Falar de música não é fácil, pois quem lê este texto vai julgar que estou sendo parcial. Digamos que até certo ponto como autora sou absolutamente parcial mas, como observadora do tema vejo que os valores da nossa terra não têm espaço e estão cada vez mais se perdendo diante de um mercado forte, que visa apenas os lucros e aos poucos faz com que percamos
nossa verdadeira identidade cultural. Não quero dizer com isso que devemos ser xenófobos a ponto de só escutar música brasileira ou pernambucana. Tento mostrar que a “poesia de encomenda” visando apenas o acumulo de capital, sem disseminar valores reais, fará com que as gerações futuras se percam neste presente obscuro e não saibam o que é música de qualidade. Algumas pessoas que se recusam a ingressar nesse sistema modal do mercado fonográfico são taxados de sofrerem a “síndrome da banda velha” que é o fato de ouvirem cantores e grupos musicais antigos.
Mas fica aqui uma reflexão: não existe música velha, existe música de qualidade.
Esta crítica não é específica a determinada banda ou grupo musical por não apresentarem qualidade na sua proposta de trabalho que é o ouvir do consumidor, mas a todos em geral que investem num colorido quase se igualando a um desfile de escola de samba, com figurinos deprimentes onde na realidade o grande público lota casas de espetáculo apenas para ver as performances de pessoas que se dizem dançarinos com coreografias agressivamente sexuais, lembrando o manual indiano de posições sexuais, o milenar e famoso Kama-sutra. A verdadeira música não foi feita para ser vista e sim apreciada.O mesmo acontece com o brega do Calypso e tantos outros do gênero.Até quando iremos suportar tamanhos absurdos que agridem nossa cultura?Até que a grande massa seja conscientizada realmente do que é cultura ou até que surja um novo “estilo musical” pior do que este? Pois a tendência é a piora porque o que é bom, infelizmente não dá dinheiro.

Apresentação

Boa tarde pessoas!

O objetivo inicial da criação deste blog é a divulgação de meus textos acadêmicos, produzidos na minha segunda graduação de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, tendo assim uma possibilidade de expor alguns pontos de vista que tenho sobre a realidade em que estamos inseridos socialmente. Também pretendo comentar fatos de relevância nos noticiários que envolvem as mais diversas mídias e relatar experiências vividadas em projetos que envolvam a participação popular.
Espero contar com a compreensão de todos e aguardo comentários, críticas e sugestões para que juntos possamos contruir um amplo espaço de debate sobre a informação, uma informação de qualidade através dos mais variados pontos de vista.
Agradecida pela atenção
Tati Gomes