domingo, 22 de novembro de 2009

E você o que quer preservar de Permanbuco? O que você guarda na memória?


Nosso espaço está bastante animado, a interarividade entre leitores e blogueiros está mostrando o quanto o debate é importante, ao ler a postagem mais recente de Filipe Franca, sobre os 97 anos do Gonzagão, fiz uma réplica em forma de comentário, que trouxe para o meu espaço, a Janela da Cultura, daí a leitora Kassandra Kallyna ao responder em seu comentário encerra com a seguinte pergunta:


E você o que quer preservar de Permanbuco? O que você guarda na memória?


Existe um ditado popular de que o brasileiro tem memória curta, ou até mesmo não a tem. Acredito que isso venha se solidificando à medida que a mídia vem impondo "modelos importados". Lembro que na minha adolescência, na fase de colégio, era modismo acompanhar grupinhos de cantores também muito jovens dos Estados Unidos, nas revistas juvenis o que era destaque eram os grupos de rock importados, etc, e quando se falava em carnaval, vivi a época do rótulo MICARETA, fui da fase do Recifolia, uma "importação intrna" do axé music baiano onde, carnaval era sinônimo de axé e a mídia "convencia" que o carnaval da modernidade era o silabismo baiano, como por exemplo a Banda Mel, que nem sei mais se existe, com sua poética letra : " Aê, aê, aê,aê, ê,  ê, ê, ô,  ô, ô,..." Ou o Chiclete com banana com so seu " Cara caramba cara caraô tcha!"
Logo depois veio a era do Tchan de das Boquinhas da garrafa...  
Enquanto os ritimos pernambucanos ias perdendo fôlego por causa da pressão que o "jabá" impõe...
Olinda com seus disfiles pelas ladeiras abafados pelo axé, funk etc...
Ouvi muita gente dizer que isso de tradição é coisa de velho... ultrapassada!!!


Hoje vemos que existem pessoas comprometidas e preservar a nossa memória, não que com isso seja bitoladas, mas quantos de nossa geração não sabe o que é um "Cavalo Marinho", uma "Marzuca", não entende a mistura religiosa e profana dos nossos maracatus, despreza o frevo, o coco de roda, a ciranda, entednder as cores e os significados de cada parte da vestimenta do caboclo de lança do maracatu rural? São muitos, mas que tem memória tem compromisso em não deixar que a nossa cultura simpelsmente desapareça, uma vez que muito de nós somos de um geração "perdida" que deseja ser globalizada, mas não entende que para isso é preciso conhecer quem é , entender suas raízes e assim em forma de intercâmbio aprender a cultura de outros povos jamais desprezando a sua.


Em nosso hino a frase "Pernambuco Imortal, Imortal!!!" resume a nossa riqueza e importância na história mundial.
Eu por exempleo sempre me emociono ao ver o encintro de bonecos gigantes no carnaval, as elevações dos caboclos de lanças, as representações de xaxado, as bandas de pífano e as canções de forró, prinipalmente a obra de Gonzaga, que com toda certeza sempre defenderei e buscarei perpetuar enquanto nesta passagem terrena eu me encontrar.


Tati Gomes

"Vida de Viajante"


"Minha vida é andar por esse país..."

Muito andou o Velho Lua e hoje se em vida terrena tivese, mereceria uma homenagem, mas na sua ausência merece também, e muito mais pela imortalidade da sua obra. Foi Gonzaga quem levou o nordeste ao Brasil e ao Mundo!!!

A inversão dos valores é um fenômeno da pós-modernidade, assim como a falta de criatividade também. Os modismos vêm a ocupar as mentes daqueles que detém o poder e simplesmente acham que ser popular é levar ao povo o que ele quer.Quando você pergunta pela Luciana Azevedo, acredito que isso vá além dela, pois diante do que vimos em outubro passado em relação aos "Novos Pernambucanos", não me espanto que os Pernambucanos de verdade de fato e de direito sejam esquecidos. Mas não acredito que o Homem da Sanfona branca e do Chapéu de Couro tenha sido esquecido plenamente, pois se você posta uma mensagem como esta, mostra que para saber o real valor de um ícone da nossa cultura , não precisa está vestido nas togas do poder. Acredito também que está no sentimento maior de preservar a memória de maneira individual que surge o coletivo. E se o tema já é "batido" vamos "re-bater" da nossa maneira, defendendo o que é bom e que realmente o POVO precisa sentir, assim como eu, você e tantos outros que de alguma maneira conhecem a essência de Luiz Gonzaga. Mas que com isso não devemos isentar das suas responsabilidades aqueles que administram os cofres públicos de realizar a produção, preservação e manutenção da nossa memória.
 
Comentário realizado por Tati Gomes  na postagem 97 anos do Gonzagão no blog de Filipe Franca:


sábado, 21 de novembro de 2009

Casa Brasil: decepção e denúncia


Durante o ano de 2007, fui bolsista pelo CNPq, de um projeto chamdo Casa Brasil onde haviam vários módulos, este projeto era voltado para a educação e inclusão social na comunidade de Peixinhos Recife/ Olinda. Eu era a Técnica da Unidade, bolsista responsável pela Sala de Leitura. Por ser graduanda em Biblioteconomia e ter sido aprovada na seleção me senti diretamente capacitada em exercer minhas funções de bibliotecária. Mas, como na maioria das instâncias brasileiras as nossas bibliotecas não passam de depósito de livros e demais materiais que não servem e outros setores. Este módulo dividia espaço errôneamente com a Administração do projeto, onde apenas por INDICAÇÃO POLÍTICA, quem era o coordenador de um projeto de grande porte era um cidadão semi-analfabeto. O fato é que o homem era líder comunitário e BOM DE URNA, mas também não sabe nem as letras que se usa na palaavra "ética", muito menos o que ela significa e como é usada.
A equipe se desmotivando e se diluíndo aos poucos até que eu descobri um grande crime que cometi: TRABALHAR COM DIGNIDADE.
Desenvolvi muitos trabalhos nesta comunidade, tenho alguns deles relatados no blog da Sala de Leitura, divulguei as atividades na imprensa local, em uma entrevista à Rádio Folha de Pernambucono programa ESPAÇO MULHER, elaborei projetos de eventos de caráter cultural, recebi doações para a unidade, dentre elas um exemplar autografado de O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, uma publicção em braille do livro Aula-espetáculo 100 anos de frevo, da escritora Mariângela Valença.
Com um parceiro externo desenvolvemos o Projeto Tardes Culturais, que teria tudo para ter dado certo, o então Coordenador, queria fazer das minhas idéias suas vaidades políticas, surgiram uma série de perseguissões não só a mim como a outros colegas, ameaças...
Desmoronou...
A comunidade perdeu, senti que essas aitudes ELEITOREIRAS, qque saqueiam nossos cofres não servem na prática para nada, pois na última sexta-feira, 20/11/2009 voltei ao local e encontrei apenas fantasmas, as salas fechadas, o último cartaz que afixei na entrada da Sala de leitura ainda peermanece lá, computadores parados, livros acumulando poeria sendo destruídos pelos ratos e cupins...
Uma idéia que se concretizou, hoje são apenas lembranças registradas em um blog e o abandono presente. Não há uma só pessoa que saiba responder sobre o Casa Brasil da Unidade Peixinhos.
Só sabemos que a falta de compromisso deste cidadão que deveria voltar à escola e ao menos aprender a ler e escrever caiu sobre uma equipe que realmente trabalhou e na medida do possível fez com que a unidade caminhasse, pois o mesmo era ausente, e uando se fazia presente era para desconstruir em todos os aspectos.
Eu, assim como alguns colegas da equipe temos consciência do trabalho que fizemos com ética e honestidade, mas, na hora de receber os elogios de um bom desempenho é  COORDENADOR quem recebe o destaque, vaidade acima do bem comum. E quando chega a hora do julgamento, CRIMINOSOS, são os trabalhadores. Perante a comunidade esta equipe está totalmente descredibilizada, mas haverá uma oportunidade de reverter este quadro, pois das atrocidades cometidas pelo então coordenador a maior foi a de inviabilizar o desenvolvimento do projeto, desperdiçando verba pública.
O link abaixo mostra as atividades que ainda consegui realizar e documentar.


Tati Gomes


Irah Caldeira apresenta: Marias... Das Dores... Daluz!


Irah Caldeira apresenta: Marias... Das Dores... Daluz!

Este é o título do mais novo trabalho da cantora Irah Caldeira, são 16 faixas de canções composta apenas por MULHERES, é o primeiro trabalho na história da música brasileira onde só tem composições de mulheres, dentre elas a própria Irah! Em 10 anos de carreira ela tem gravados 6 cds onde trabaha muita coisa de raiz, nordeste mesmo, embora seja mineira de Nascimento, a mais nova Cidadã Recifense e em breve Pernambucana, com muita sensibilidade canta cada pedacinho do nosso nordeste.

O universo da música veio abrindo espaço para as mulheres mas mesmo assim ainda é meio restrito aos homens, Irah Caldeira mostra a força da mulher unindo grandes nomes com belas canções povoadas de sabedoria e amor. Ela literalmente dá à luz a um teouro para a nossa cultura. Pessoas como ela fazem com que a nossa memória seja preservada a cada nota musical. Como se fosse um livro, o encarte desta obra é "prefaciado" pelo poeta Xico Bizerra, que em forma de poesia descreve este brilhante trabalho, que na minha opinião, depois do DVD "Girassol de Desejos" é o mais relevante de sua carreira, pois tem além do caráter cultural uma vertente educativa.

O governo do Estado de Pernambuco através das instâncias da FUNDARPE, FUNCULTURA E Secretaria de educação, não poderiam ter realizado melhor atividade apoiando e incentivo a este trabalho principalmente em um estado onde a mulher ainda é vítima e vergonhosamente as estatísticas apresentam números alarmantes de mulheres assassinadas e agredidas das mais diversas formas. Com esta Arte, Irah mostra a mulher nordestina, mãe, sonhadora, decepcionada, apaixonada, festeira, trabalhadora, fsteira, a mulher nordestina na sua mais profunda essência.

Socorro Lira, Dona Maria do Horto, Flávia Wenceslau, Terezinha do Acordeon,, Adryana BB,Bia Marinho, Joésia Ramos, Haideé Camelo, Anastácia, Liane Fereira,Kelly Benevides, Rita de Cássia, Selma do Samba,Khrystal, Jussara Kouryh, Kátia Cruz, Aurinha do Coco e a própria Irah Caldeira, reunidas só podemos resumir em uma palavra: SUCESSO!!!

Tati Gomes

Mais informações sobre a discografia completa de Irah Caldeira


Link do Projeto




Exposição: "As fontes de informação na prática político pedagógica do Centro de Cultura Luiz Freire",

Entre os dias 23 e 27 de novembro, acontecerá no CAC a exposição: "As
fontes de informação na prática político pedagógica do Centro de Cultura
Luiz Freire", resultado do estudo realizado por estudantes do segundo
período de Biblioteconomia do Departamento de Ciência da Informação na
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através da disciplina "Fontes
de Informação", ministrada pela Professora Simone Rosa,em parceria com o
Centro de Cultura Luiz Freire. O mote do trabalho lançado para os/as
estudantes é "Qual a importância das fontes de informação para a
incidência política e a produção de conhecimentos do Centro de Cultura
Luiz Freire?".


A iniciativa pretende dar visibilidade à importância da Biblioteconomia
para a transformação social, a partir da metodologia de pesquisa de
fontes. Ao mesmo tempo, a exposição apresentará ao público as ações de
incidência política e produção de conhecimentos do CCLF. Para o CCLF, o
resultado das pesquisas ainda contribuirá para a qualificação da prática
institucional de pesquisa, otimizando e socializando processos
esencadeados por cada equipe de trabalho.


Paralela à exposição dos banners haverá a seguinte programação no hall do
CAC:


23-11 exibição do filme: Quilombos de Pernambuco (horários: 11 e 17h)


24-11 exibição do filme: Kapinawá - meu povo conta (horários: 11 e 17h)


25-11 Intervenção Literária do Projeto Quarta Literária (horário: 12h)


exibição do filme: Beto e a cama voadora (horário: 17h)


26-11 Exibição do filme: Pavão misterioso (horário: 11h)


Palestra: Leitura, Biblioteca e Desenvolvimento (convidada: Cida
Fernandéz -
CCLF) - horário: 17h


27-11 Exibição do filme: Som na rural e Pernamcubanos (horário: 11h )


Palestra: Informação e Cultura (convidado: Roger de Renor -
Sopa Oi FM -
horário: 17h)

Obs: Os temas dos filmes e palestras estão voltados à produção de
conhecimento realizada pelo CCLF, objeto de pesquisa dos alunos.


Juliana Albuquerque ( Estudante de Biblioteconomia da UFPE)

I colóquio Bibliotecando e Educando

"Bibliotecas escolares e comunitárias a serviço da formação educacional para o desenvolvimento do leitor crítico"
 


O colóquio em questão pretende avaliar a importância das bibliotecas escolares e comunitárias na extensão educativa e na formação de leitores, por ser um dos pontos essenciais na construção educacional e social do cidadão. Constitui-se como uma oportunidade de diálogo entre profissionais, estudantes, docentes, representantes governamentais e outros, objetivando uma maior reflexão e análise crítica sobre a importância do hábito da leitura para a melhor formação do leitor e do sujeito coletivo, no aspecto cultural, educacional, político e social. A programação abrange palestras, mini-cursos e atividade cultural, sendo o público alvo estudantes do curso de Educação e Biblioteconomia da UFPE, e profissionais das áreas.

 24/11 , terça -feira, dando início efetivo às atividades do nosso evento, às 15h sintonize seu rádio na
Rádio Folha FM 96,7  no programa ESPAÇO MULHER comandado por Lina Fernandes. Iremos conversar um pouco sobre o I Colóquio Bibliotecando e Educando que será realizado pela Coordenação do Curso de Biblioteconomia da UFPE, e sobre bibliotecas escolares.
Debatendo sobre o assunto teremos as presenças de Ellys Regina Galindo, Bibliotecária
Presidente da Associação Profissional de Bibliotecários de Pernambuco, e Tatiana Gomes, estudante de Biblioteconomia da UFPE, uma das organizadoras do evento, produtora e redatora deste blog.

Contamos com a participação de todos, ouindo e enviando
perguntas pelo telefone da rádio 3224-5153 ou pelo e-mail da redação
redacao@radiofolhape.com.br


e quem quiser pode ouvir pela internet pelo

www.folhape.com.br 



MESAS

25.11.09 – 10h - QUARTA
• Mesa de Abertura do I Colóquio Bibliotecando e Educando
Rodriggo Cavalcanti – Cátedra José Martí;
Murilo Artur Araújo da Silveira – Coordenador do curso de Biblioteconomia;
Lieda Machado – Coordenadora do curso de Pedagogia.

25.11.09 – 14h - QUARTA
• Políticas públicas e espaços educacionais informais.
Rodriggo Cavalcanti – Bibliotecário da Faculdade Santa Helena;
Daniel Álvares Rodrigues – Departamento de Fundamentos Sócio Filosóficos da Educação;
Luciano Siqueira – Vereador da Cidade do Recife.


26.11.09 – QUINTA

Desmistificação da biblioteca diante do publico infantil: um espaço de lazer e conhecimento  através da leitura;
A biblioteca enquanto continuação da sala de aula


27.11.09 – SEXTA

Importância da biblioteca escolar na formação do leitor: integração de uma política educacional e cultural como ponto de partida; 
Conferência: A biblioteca e a Revolução bolivariana: educação, cultura e política. 

Roda de Conversação: Políticas públicas para o livro, leitura e bibliotecas; 

Mesa de Encerramento do I Colóquio Bibliotecando e Educando.



MINI–CURSO

Contação de historia 


Inscriçoes do colóquio

As inscrições do colóquio podem ser feitas na coordenaçao do curso de Biblioteconomia, na Catedra Jose Martí ou no dia 25 no hall do Centro de Educaçao.



Estudantes – doações de livros infantis, brinquedos pedagógicos e agasalhos;

Profissionais da área – 10,00

As doações recebidas serão enviadas ao NACC – Núcleo de Apoio de criança com cancer. Caso o aluno queira realizar a inscrição em espécie será cobrado o valor de 5,00.

A informação e construção cultural de qualidade na era da desinformação e desconstrução apresentada pela mídia na era digital

           A função do produtor cultural aprimora-se em virtudes das modificações ocorrentes no meio social, principalmente com a evolução dos recursos tecnológicos. A interdisciplinaridade de temas mostra que a cultura não está restrita apenas a manifestações culturais. O desenvolvimento de projetos de caráter social tais como palestras, textos, blogs vem apresentar o comprometimento de pessoas com a valorização manutenção e perpetuação da cultura de um povo.




            A idéia de construir este texto surgiu logo quando tive contato inicial com este blog, ferramenta onde podemos interagir com o autor. Só agora escrevo este artigo, pois aguardava mais conteúdo para fazer uma análise fundamentada. A maneira como ele escreve é bastante clara e objetiva informando e ao mesmo tempo opinando a realidade dos fatos. Além de analisar a forma me identifico desde sempre com o conteúdo geral apresentado por Filipe Franca em sua página. Apaixonado por Pernambuco este não mede esforços em se informar e informar sobre as riquezas do Estado de Pernambuco.
            Com redação própria conquista espaço como crítico cultural e produtor, se assim o quiser. Muitos educadores falam em suas literaturas acadêmicas que para que as pessoas se tornem bons redatores precisas basicamente ser leitores, concordo, enquanto estudante da área das Ciências da Informação e trabalhar diretamente com bibliotecas nas mais variadas vertentes. Mas acredito que em alguns casos que talento está na “gênese” uma questão embrionária de família, assim como ele mesmo cita na postagem sobre o Poeta Antônio Marinho, sobrinho-neto de José Lins do Rêgo, autor do clássico da Literatura Brasileira Menino de Engenho. E o talento não fica apenas restrito ao tio famoso, a mãe dele, a senhora Sônia Vieira Cunha Barreto, escreve muitíssimo bem, tive acesso a uns escritos de “memórias” onde tive o prazer de ajudará-la na digitação, um material pessoal, escrito pouco tempo depois do falecimento da sua mãe em setembro de 2008. Os relatos da senhora Sônia dariam um romance de alta qualidade.
            Vindo de um berço literário riquíssimo como esse seria redundante informar que Filipe Cunha Barreto Franca é um excelente escritor.

“PERNAMBUCO, um estado rico até no nome que é composto por dez letras e que nenhuma se repete, fato único no país.”


- Desde a primeira vez que tive contato com este blog, de certa forma me identifiquei, não por motivos óbvios, como alguns diriam, mas pelas formas e conteúdo que é apresentado ao leitor, que assim o encontra navegando pelas páginas da web. O tema “Cultura” é de uma imensidão tão profunda que poucos saberão o que realmente esta palavra de apenas sete letras tem a nos dizer.
- Ao se deparar com a primeira postagem, que data de 25/4/2007, fiquei bastante entusiasmada, pois é de uma riqueza exuberante um assunto como o “Parto Humanizado” ser tratado por um homem. A maneira como fora abordada chega mesmo a emocionar, pelo fato da importância da ligação daquele que se encaminha a chegar neste mundo com aquele que é co-autor da sua existência, pois o cordão umbilical é uma ligação tripla onde envolve três almas, duas que se amam e assim gera o amor, o filho! Amor, muitas vezes não está em palavras, mas em pequenos atos que são verdadeiramente grande como o de uma mãe dá à luz ao seu filho de maneira natural acompanhada do pai.
“Só uma mudança cultural faria o parto normal voltar a ser encarado por todos como o que de fato ele é: um ato fisiológico, natural, para o qual 85% das mulheres estão preparadas”
Contando também o leitor com o endereço onde pode buscar mais informações e serviços à respeito do tema. Quanto a esta postagem, não tenho certeza de que fora de autoria do proprietário do blog, mas este foi bastante feliz ao propor este tema que mostra que mesmo o mais endurecido ser humano sente algo de mais intenso ao sentir de perto o verdadeiro SIGNIFICADO DA VIDA.
- Passados cinco meses da primeira postagem o autor retoma sua atividade enquanto redator cultural, mostrando assim a caminhada longa e progressiva que segue o forró, divulga uma iniciativa donde faz relembrar àqueles que conheceram o trabalho de Rei do Baião, e apresenta às novas gerações através de uma data, o Dia Estadual do Forró, que em Pernambuco sempre será comemorado na segunda sexta-feira de setembro.
“A conquista desse dia foi conseguida depois de muita batalha da SOCIEDADE DOS FORROZEIROS PÉ DE SERRA E AI em parceria com a Assembléia Legislativa do estado de Pernambuco. A data foi promulgada em 2005.”

- A mídia capitalista tenta impor datas para os ritmos, assim como, por exemplo, frevo tem que ser obrigatoriamente música de carnaval, forró de festas juninas... Em nosso estado, pessoas comprometidas com a cultura como aqueles que trabalham efetivamente o que é nosso sem dever a ninguém.
“Não podemos deixar que a música pernambucana seja contaminada com esses vírus, altamente contagiosos e mortais chamados brega (leia-se Calypso), axé (alguns), pagode, além, é claro, das "pôrnos sex music" - como diria meu amigo o poeta XICO BIZERRA - das Saias Rodadas, Aviões do "forró", e tantas outras doenças que se intitulam de bandas de "forró".”

- Em fevereiro de 2008, o Mestre Ariano Suassuna foi brilhantemente homenageado pela escola de samba Estação Primeira de Mangueira. Embora este seja paraibano de nascimento, vive há muitos anos no Estado de Pernambuco, tem um trabalho que valoriza toda uma temática regional do nordeste brasileiro, como por exemplo a sua “obra-destaque”  O Auto da Compadecida, que de peça teatral fora adaptada às mais variadas expressões do áudio-visual, e também “O Romance da Pedra do Reino”, que na minha opinião, enquanto leitura é um pouco complexa e pesada para a grandiosidade do Movimento Armorial, mas enquanto obra adaptada à televisão foi de uma riqueza de detalhes muito grande, deu, assim ao público uma idéia do universo Armorial, criado pelo Mestre Suassuna.
“dar mais destaque ao carro que fazia alusão ao CLUBE DE MASCARAS GALO DA MADRUGADA – totalmente apagado e sem o devido destaque que deveria ter, já que é um dos símbolos do carnaval de Pernambuco, além de que, ele (o galo da madrugada), foi citado no samba enredo.”
- Acredito que uma vez que o tema fazia referência ao Ariano, bastava apenas uma breve citação, ao contrário do redator a que venho analisar os textos, pois assim fugiria do foco, onde mais na frente em momento oportuno foi aplausivamente tratado com elogios e críticas.
Saber da importância de Ariano Villar Suassuna é algo que vai além das “fronteiras” do nordeste, o Brasil tem sem sombra de dúvidas um escritor completo, romancista, crítico e teatrólogo, o nosso “Contador de Causos” que merece ser homenageado em todos os lugares por onde passar, na postagem em questão trata-se de duas escolas de samba uma do Rio de Janeiro, a Estação Primeira de Mangueira e  outra a Mancha Verde do Estado de São Paulo.

- Pelo que podemos observar as postagens no <http://www.cabocloproducoes.blogspot.com>  não têm uma certa periodicidade, mas quando são disponibilizadas ao leitor são de conteúdo conciso e não redundante onde apresentam uma trajetória de luta no aspecto positivo que a nossa cultura vem percorrendo e uma descaso do poder público, que detém o “capital” para com aqueles que têm um verdadeiro compromisso com a História do nosso povo e com o artista em todas as instâncias.
Em seu texto conseguinte, o autor dá destaque a um jovem que embora seja de família de poetas poderia ter se “contaminado” com as “coisas da juventude”, mas ainda aos 16 anos escreveu um livro de poesias e trilha um brilhante caminho com suas poesias autorais de conteúdo, que confesso antes não ter nem notícias da existência dele, se não fosse por esta postagem a qual hoje analiso e algumas declamações apresentadas no programa Momento Cultural, com o Professor Saulo Gomes, nas tarde da Rádio Folha de Pernambuco.
“José Marcolino (cantor, compositor e parceiro de LUIZ GONZAGA) profetizou o destino da criança - "Um poeta reconhece outro. “Esse menino vai ser poeta” disse.”
- Este espaço é bastante democrático, uma vez que não fica apenas nas críticas, as homenagens mais do que justas têm um espaço de destaque, depois do Mestre Ariano, do Poeta Antônio Marinho, agora foi a vez de Xico Bizerra, mais um daqueles nordestinos que vem para o nosso Pernambuco e é muitas vezes mais pernambucanos que nós. Conheci Xico através do redator deste blog, achei uma figura esquisita, com uma cara de boêmio... Pensei, será que este homem tem algum conteúdo? Isso é uma base sociológica do pré-conceito impregnado na alma do ser humano, e na realidade esta “Tese” toda fora elaborada através de uma foto, daí quando eu sem vergonha nenhuma disse não saber nem nunca ter ouvido falar em Xico Bizerra, lembro claramente que o proprietário deste blog disse: “A CULPA NÃO É SUA E SIM DA MÍDIA” ele tinha razão, pois o universo da poesia de Xico é enorme, e a pessoa dele também!!!, Não que a “cara de boêmio tenha saído (risos).
“XICO BIZERRA já contabiliza cerca de 200 canções - entre elas
"SE TU QUISER"”
Obs.: esta contabilidade na época da postagem, em 28/04/2008
- Encontramos algumas transcrições também pertinentes à temática do blog, como a  do colega
José Nêumanne, jornalista e escritor, é editorialista do Jornal da Tarde, intitulada de
O TRIO DE PÉ DE SERRA CONTRA O FORRÓ ELETRÔNICO:  A peleja da sanfona, zabumba e triângulo, representantes da música regional autêntica, contra a vulgaridade e o frenesi histérico das 'bandas' eletrônicas

 Transcrições como estas merecem destaques, pois como dizem nas escolas de jornalismo “notícia dada já é notícia velha”, mas enquanto caráter histórico e fonte de pesquisa são muito importantes para que a mídia corrompida não se sinta tão poderosa quanto se apresenta e acha que manipula uma nação.
- Acho muito pertinente quando aqui são relatadas experiências de “Prêmios” que seriam dignos de pessoas que fazem algo pela sociedade, contribui para com a cultura, o desenvolvimento intelectual das pessoas que são extremamente esmagadas pela mídia de consumo, a sociedade que impõe sua roupa, sua comida, seu modo de vida através de um simples controle remoto que não comanda a TV e sim o ser humano. Mas, o Casal Calypso ser cogitado a receber um título chamado NOBEL DA PAZ. É de causar revolta mesmo que seja em um pequeno relato, mas é a função deste espaço informar, formar e não destruir a mente do ser - humano.
- A paixão por Luiz Gonzaga e seu sanfona são elementos indiscutíveis quando se fala a em Filipe Franca, produtor, proprietário e redator deste espaço, este, por sua vez sempre notifica eventos que o homenageiam e não deixam morrer a sua memória e trabalhos. Além de não se esquecer de datas como Nascimento e Morte deste ícone da nossa cultura que merece todo o destaque possível e impossível no cenário da música mundial, assim como um Strauss...
- Quanto ao Galo da Madrugada, o que tenho a dizer é que engolir papa quente, dizendo que atrações de fora chamam mais gente é conversa “pra boi - dormir” e não acordar mais nunca, pois esta de dizer que no contrato só toca frevo, também ninguém cumpre..., o que aconteceu este ano foi um retrocesso ao amor e dedicação do Saudoso Enéas Freire ao Maior Clube do Mundo, o nosso Galo da Madrugada virou uma “Micareta bregueada”, pois quem tem Pernambuco não precisa de mais nada  para fazer o Maior Bloco do Planeta quiçá do universo sair às ruas com brilho, tradição, modernidade e qualidade.
- A Abordagem histórica que vai além daquelas que alguns de nós vimos nas salas de aula nos tempos do ensino fundamental e médio de maneiras muitas vezes mascaradas, seja por escolas tradicionais ou de vanguarda. A “tirania” que ocorreu em 1964 e nos anos que vieram à frente não deu em nada, absolutamente nada, hoje, muitos de nós que nem daquela época somos sofremos conseqüências disso. Os “poderosos” “vencem”, mas não impede a esperança de um povo, principalmente o do nordestino.

“Só resisti porque nasci num pé-de-serra
e quem vem da minha terra resistência é profissão
E NORDESTINO ‘é madeira de dá em doido’
Que a vida enverga e não consegue quebrar não”
(Accioly Neto)

- Acredito na inviabilidade de fazer uma explanação mesmo que breve sobre a “pernambucanidade adquirida do casal Calypso...”, pois em um texto do redator eu fiz um comentário onde daí me inspirou em fazer uma carta virtual à população e o Professor Saulo Gomes a leu em seu programa na Rádio Folha de Pernambuco, o Momento Cultural, mostrando a minha indignação enquanto cidadã em relação a tals absurdos, assim como grandes nomes [$$$] serem beneficiados com dinheiro dos cofres públicos onde nossos artistas muitos sem espaço para gravar nem que seja uma música. No momento não compete repetir e cair em redundância.

- A postagem mais recente foi sobre a Bienal Internacional do Livro, que deu uma ênfase ao stand Cariri & Pageú Armazém Cultural, o que fora um verdadeiro ponto de encontro da cultura popular, espaço este que reuniu muita gente de bom gosto tanto na composição do sub-evento em meio a imensidão disposta nos pavilhões do Centro de Convenções de Pernambuco. O público que lá estava boa parte já sabia o que buscava, e quem estava conhecendo, certamente se encantou, pois em alguns dos dias pelos quais por lá passei presenciei pessoas encantadas com a riqueza do sertão nordestino. Apresentando disposições informativas de caráter testemunhal do redator foram bastante ricas, embora eu, particularmente enquanto leitora acho que a banda Calypso jamais caberia neste texto, nem mesmo como um tópico de protesto.
Pois por muito tempo quando se “encerrava” algo se colocava geralmente a palavra “conclusão” e como este não é o objetivo deste trabalho de encerrar, coloco aqui as minhas opiniões, parabenizo o blogueiro pelos textos, mas enquanto leitora, sinto falta de uma periodicidade, de uma freqüência maior de textos enriquecedores para a cultura como um todo, textos de utilidade pública que enobrecem o intelecto não só de quem os faz, mas de quem os lê.
Pois diante da mídia manipuladora que temos, sinto me privilegiada em poder encontrar textos de alto nível onde tratam a cultura como um todo e com todas suas ressalvas, pois a vai desde a saúde física e a educação às próprias manifestações de um povo. Porque é deprimente a população ser manipulada e ficar à mercê de informações aterrorizadas com o que a mídia noticía com ditos “telejornais” de caráter antiético e sensacionalista. Um espaço como este merece um apoio, maior divulgação parcerias que sejam comprometidas com a sociedade como um todo. Se aqueles que detêm o poder abrissem os olhos para espaços a exemplo deste blog viriam que não é o modismo que toca nas “rádios-povão” ou aparecem na televisão no domingo enquanto a maioria das famílias de classe média baixa e pobre que não têm muito acesso as manifestações reais de cultura se contaminam.
Estas práticas geram violência, principalmente contra a mulher, esta por sua vez se deixa desvalorizar apenas exibindo corpos esculturais se apresentando como objeto de desejo do universo masculino e não como uma pessoa e pensante, esta mídia busca alienar, semear o mal. Isso não é falso-moralismo, é a indignação de uma pessoa que se sente mal em saber que temos um celeiro vasto de cultura seja ela em teatro, literatura, poesia, música, artes plásticas entres tantas outras, não tem que se prender a modelos “importados” de desvalorização do povo nordestino e da mulher, mulher esta que é quem provém a vida, sem nós, como seria a humanidade?
Acredito também que estamos em uma fase embrionária de desenvolvimento cultural de um povo, e durante esta gestação temos o dever de cada um fazer sua parte defendendo a bandeira e colocando amor em tudo o que fazemos enquanto essa consciência coletiva não nasce, e quando nascer será realmente um parto emocionante.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
FRANCA, Filipe Cunha Barreto. Caboclo produções culturais: um blog para discutir casos de cultura popular. Recife: blogspot, 2007. Disponível em: http://cabocloproducoes.blogspot.com Acesso em: 17 nov. 2009, 14:20:30


O Casal Calypso agora é pernambucano


O que ocorrera na segunda-feira 26/10/2009, fora a prova concreta da irresponsabilidade do poder público para com as pessoas.
O casal "Joelma e Chimbinha", paraenses de nascimento "importaram" para o mundo essa "cultura" chamada calypso. Erroneamente o mundo está a conhecer o "novo ritmo que conquistou o Brasil, chegou no exterior e poluiu o mundo. Mas, isso se chama poder capitalista, que diga-se de passagem vem corrompendo todos, e prova desta vergonha, é que um projeto de lei de transformar o Casal Calypso em Pernambucanos foi de um dito "comunista" o então Deputado Estadual pelo PCdoB- PE Nelson Pereira. [o que me envergonha profundamente, pelo fato de ser ex-militante do referido partido e conhecer a sua trajetória política.]
A Cultura não é uma mercadoria que se compra em liquidação.
Por algumas vezes me perguntei sem embasamento teórico e prático quais os critérios para uma pessoa receber o título decidadão de uma cidade, de um estado...
Confesso, que a primeira vez que este assunto tornou-se de meu interesse, foi quando a cantora mineira Irah Caldeira, recebeu o título de Cidadã Recifense. Daí, entendi que a contribuição e identificação com o local são fatores indispensáveis. Esta, por sua vez, tem um trabalho que eleva toda a cultura local [título merecido]. Mas, Calypso...
E completando o que o poder capital faz com a população, fazendo com que as pessoas sejam apenas massa-de-manobra, é o Recife-PE Festival, que ocorrerá no próximo dia 06/11 na área externa do Chevrolet Hall com recursos da LEI DE INCENTIVO À CULTURA, com atrações como CALYPSO, BRUNO E MARRONE, ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO E AMIGOS SERTANEJOS...
Onde é que estes nomes precisam de uma lei de incentivo à cultura para se promoverem? Ingressos a R$60,00, arrastando multidões e ainda usufruindo dos cofres públicos, enquanto os artistasque realmente precisam de um apoio para crescer profissionalmente passam anos batalhando sozinhos...
Nem se esse Encontro Sertanejo [do brega] fosse na Região Centro-Oeste teria o meu apoio, pelo menos com esses grandes nomes [$$$] da música Sertaneja. Não desmerecendo o trabalho deles, que diga-se de passagem sou fã dos irmãos Camargo, mas essa "misturada de cultura" não é nossa.

Agora me pergunto...
E o que tem a dizer disso
Ariano Suassuna?
Lembro que em uma das suas aulas-espetáculo, ele fez uma crítica muito interessante a esta banda...
[Ô ô ô...]

Eu gostaria muito de ter a oportunidade de saber a opinião do Ariano Suassuna a respeito deste assunto...

é isso

Tati Gomes